O Despertar da Consciência (revisto - Edição Jun.2022)


Lembrei de me perguntar: como descrevo o que já aprendi até aqui sobre a estrutura do poder mundial?

Isto levou-me, imediatamente, para a seguinte pergunta: o que é Consciência? E que dimensão tem a Consciência para que a encontremos? Que tamanho, que peso, que quantidade para que A reconheçamos existente e A apontemos como estando aqui, ou ali, antes, ou depois?

Consciência sem forma, sem dimensão, sem movimento de formas em dimensões, sem percepção de tempo gerado pelo movimento de formas em dimensões.

“- Mas que coisa é esta” – pergunta o ego – “sem forma, sem tamanho, sem peso, sem quantidade? Como sabemos de sua existência?”

A Consciência não possui coordenadas espaço-temporais e por isso, está em nenhum lugar, em nenhum momento e está em todo o lugar, a todo o momento.

Estando em todo o lugar e estando em nenhum lugar, a Consciência, Sendo, está em nós mesmos e somos nós mesmos.

O que verdadeiramente buscamos está mais perto de nós do que a ponta dos nossos narizes.

A Solução para a Humanidade está mais perto de nós do que a ponta dos nossos narizes.

O que verdadeiramente buscamos está em nós mesmos, somos nós mesmos.

A Solução para a Humanidade está em nós mesmos, somos nós mesmos.

As memórias ancestrais são pontes para a sabedoria ancestral que está em todos nós, que somos todos nós e lembram que é Maior, O mais pequeno de todos.

Os Portais que tanto buscais, acelerando luzes, onde pensas encontra-los senão em nós mesmos?

Porém, existe uma força anti-vida que não quer que os egos acessem à sabedoria ancestral de O que somos. 

Esta força anti-vida, pergunta: “- Como impedir os egos de lembrar a existência da sabedoria ancestral?”

E responde a si mesma: “- Confundir as informações, distrair e desviar a atenção dos egos da sabedoria ancestral, afastar a atenção das vozes das florestas, das montanhas, dos rios e dos mares, dos ventos, dos astros, dos mitos e dos ancestrais, que orientam a atenção para o Observador que, verdadeiramente, observa.”

O Observador que verdadeiramente observa, orienta a atenção para a real Presença e para a identidade natural; apercebe sem ser apercebido; sem forma, sem dimensão, sem movimento de formas nas dimensões, sem percepção de tempo gerado pelo movimento das formas nas dimensões, não está sujeito às coordenadas geográficas e por isso está em todo o lugar e em nenhum lugar: a Consciência.

“- É preciso silenciar as vozes ancestrais.” – desespera-se a força anti-vida.

Pergunto: e tu? Que podes apresentar, oh! ego, oh! indivíduo, oh! cidadão, oh! cavalheiro, como sendo aquilo que, verdadeiramente e sem extinção, és?

É essa ignorância que te faz buscar por mitos antigos de imortalidades tecnológicas e efemeridades que te prometem viver milhares de anos, mas que nada consegue reter de ti como sendo a tua real existência: acabas por morrer ignorante que és mais do que imortal: tu És! sem espaço, sem tempo, Consciência.

Que miséria buscares a imortalidade das efemeridades, quando és Consciência.

Não existe um pensamento que possas apresentar como sendo o que realmente és, porque os pensamentos manifestam-se em imparáveis ondas; inesgotáveis pensamentos pipocando no imparável fluxo mental não contínuo (pixelado) e nenhum deles consegues reter para apresentares eternamente como sendo o que realmente és.

A mesma coisa acontece com os sentimentos: não existe um sentimento que possas apresentar como sendo o que realmente és, porque os sentimentos surgem em imparáveis ondas que nascem e morrem e nenhum sentimento consegues reter depois da memória/pensamento se esgotar, para apresentares eternamente como sendo o que realmente és.

A mesma coisa acontece com o corpo: não existe um corpo, ou uma parte do corpo, que possas apresentar como sendo o que realmente és, porque as formas do corpo transformam-se, escravas do tempo, em contínuas ondas de nascimento e morte e nenhuma das formas consegues reter para apresentares eternamente como sendo o que realmente és.

Nada existe nas dimensões que possas apresentar como sendo o que realmente és, oh! ego, oh! indivíduo, oh! cidadão, oh! cavalheiro: tu não és a raça, a espécie, a tribo, a família, o parente, a cultura, a nacionalidade, o título, a riqueza, a pobreza, o poder, a falta de poder, a história, nem a memória: tudo passa e nada podes guardar como sendo o que realmente és.

Nada tens para apresentar como sendo o que realmente és.

Mas graças aos deslumbres da realidade de O que somos, deslumbres de florestas, de montanhas, de rios e de mares, de história e de memória e de Si, aprendemos, nós, os egos, a chegar cada vez mais perto de lembrar como focar a atenção no Centro da sua própria Presença, sem forma, sem dimensão, Consciência.

Recordados os egos da sua própria presença em Si, desperta neles o sentimento de União, a Memória-mor de que somos todos Um e O mesmo; apercebemos que estamos todos profunda e inter-dependentemente conectados, física, psicológica, emocional, mental, e espiritualmente.

E só é possível sermos todos Um e O mesmo porque O que verdadeiramente somos é sem forma e sem dimensão, sem movimento de formas em dimensões, sem percepção de tempo gerada pelo movimentos de formas em dimensões, logo, não condicionado pelas leis das coordenadas espaço-temporais: por isso está em ti, está em mim, sendo em nós, Um e O mesmo.

Está em todo o lugar está em nenhum lugar, está em todo o tempo, está em nenhum tempo.

As memórias ancestrais lembram aos egos como focar a atenção no Centro da existência, re-conhecer-se, re-lembrar-se que existe o Centro da existência, morada da real Identidade, morada da União em nós e entre nós, real Presença de O que somos, em nós, sem forma e sem dimensão, o vazio infinito, o vazio que não é o nada.

Focar a atenção na real Presença de O que somos, desperta o conhecimento de que somos todos Um e O mesmo.
 
Saber focar a atenção em Si é a semente do sentimento de União entre as pessoas.

Por isso o mundo atrai e distrai com luzes, sons e danças: para que nos desconcentremos e esqueçamos de buscar O que verdadeiramente somos, para que nos esqueçamos de querer conhecer O que verdadeiramente somos.

Nascemos, morremos, vivemos em amnésia e não buscamos O que verdadeiramente somos? Que loucura é esta?

Despertada, no ego, a real Presença, é muito mais difícil o mesmo ser manipulado, controlado, distraído de Si.

Da real Presença, nasce no ego, o sentimento de União.

Manifestada a União entre os egos, é muito mais difícil a comunidade, a cidade, a região e a humaniadde serem manipuladas, controladas, distraídas de Si.

Contra o despertar da União, a força anti-vida criou um complexo sistema de manipulação, controle e distração, que afasta a atenção dos egos, das sabedorias ancestrais. 

Contra o despertar da União, a força anti-vida criou uma estrutura de poder físico e mental, entranhada até às mais profundas camadas da estrutura civilizacional e mental, afastando a atenção dos egos das sabedorias ancestrais, distorcendo a real percepção de Si, atraindo a atenção do ego para percepções da realidade individual e coletiva cada vez mais distantes das ancestrais sabedorias de Si e dos conhecimentos da Natureza para recuperar e manter a saúde.

Contra o despertar da União, a anti-vida controla o tempo dos egos, suga a sua energia, prende a sua atenção de uma maneira que lhes apaga da memória a existência da real Natureza de O que são e a capacidade que possuem de focar a atenção no Centro de Si, realmente aperceber-se, reconhecer-se e re-auto-identificar-se.

Contra o despertar da União, a força anti-vida busca apagar a memória da real Presença de Si; a possibilidade do ego, sequer, se questionar sobre Si e a descoberta do caminho até à real percepção de Si.

Dentro da ditadura da força anti-vida, essencial e primeiramente mental, os egos não podem se aperceber a si, entre si, como Um e O mesmo e não podem sentir o sentimento de União entre Si.

Contra o despertar da União, a força anti-vida usa programas de controle mental para manipular as percepções da realidade e da real percepção de Si, para que não seja apercebida a real Presença sem forma, sem dimensão, sem movimento de formas em dimensões, sem percepção de tempo gerado pelo movimento das formas em dimensões, Consciência.

A estrutura financeira trans-nacional é o maior tentáculo de diversos tentáculos dedicados a apagar as memórias ancestrais de O que somos e os conhecimentos da Natureza para recuperar e manter a Saúde que deveriam predominar nas relações humanas.

Transformou as mais importantes relações humanas em relações econômicas e financeiras: ao redor da água, comida, habitação, energia, transporte, etc., ou seja, ao redor dos bens vitais e não vitais que nos garantem a vida e a sobrevivência, a saúde e o bem-estar.

A estrutura financeira trans-nacional investe trilhões anualmente na escravidão dos egos, na manipulação das mentes, no controle dos corpos, transformando as relações em relações burocráticas, econômicas e financeiras, criando uma efêmera ditadura global de controle tecnológico quase absoluto, mantendo os egos na amnésia em relação à real Natureza de Si, sugando-lhes o tempo,  a energia, apagando-lhes a memória, distraindo-os com as luzes, os sons e as danças do mundo, mantendo-os esquecidos do real re-conhecimento de Si em si.

As luzes do mundo, os sons e os movimentos vazios de existência, passageiros e efêmeros, oferecem-se para tapar o vazio existencial que eles próprios criam.

A memória ancestral está despertando nos egos a memória de como aperceber a Presença de Si.

Está sendo cada vez mais difícil para a estrutura mundial de poder, controlar um número crescente de egos despertando para a real Presença de Si: estes já se aperceberam que algo está errado, que não é assim que temos e devemos de caminhar.

Muitos trilham os caminhos oferecidos e impostos pelo sistema de governança, mas conseguiremos ser cada vez mais pessoas com a coragem de desobedecer a quem não devemos obediência?

As portas da oportunidade ainda estão abertas.
União está em nós.
União somos nós.
Todos somos Um e O mesmo.
União.
União.

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